História Festa do Pinhão
Na década de 70, Lages despertou para a necessidade de organizar uma festa que destacasse o município como um pólo socioeconômico regional. Então surgiu a ideia da Festa do Pinhão, alimento primitivo que se constitui na semente da araucária – árvore ameaçada de extinção.
Assim, com um apelo de marketing festivo-ecológico e socioeconômico, organizou-se o evento pela primeira vez em 1973. A ideia germinou no Departamento Técnico de Turismo e Divulgação, da Prefeitura de Lages, coordenado, na época, por Agilmar Machado.
Aracy Paim trabalhava na Prefeitura, ficando ele com a responsabilidade de organizar a Festa, já que tinha grande relacionamento com tradicionalistas (pessoal dos CTGs, artistas, músicos, cantores e compositores).
Como evento realizado oficialmente pela Prefeitura de Lages, a Festa do Pinhão não foi realizada nos anos seguintes. Entretanto Aracy Paim continuou organizando o evento, mas em forma de quermesse, em locais diferentes: no pátio do Ginásio Ivo Silveira e junto ao Porteira Serrana, na avenida 1º de Maio.
Em 1976/1977 existe registro no calendário oficial de eventos, da Prefeitura, de realização da Festa do Pinhão. Nos anos seguintes ela foi inserida na Mostra do Campo, evento promovido pela Prefeitura de Lages e que tinha por objetivo integrar as comunidades do interior e da cidade.
Nos anos 80/81, novamente Aracy Paim entra em cena, agora juntamente com Matias Liz dos Santos, servidor público setorizado no antigo Centro de Informações Turísticas (CIT), localizada no Calçadão central da cidade, onde hoje funciona um posto da PM. Ocasião em que se realizava no Calçadão uma Mostra do Campo, juntamente com a Feira de produtos artesanais. Então, no pé da escada do CIT, Aracy em conversa com Matias e outros frequentadores do local, cogitou de organizar uma festa, agora no Parque Conta Dinheiro, na qual se reunissem gaiteiros, trovadores, grupos de danças tradicionalistas e onde se comercializasse todo o tipo de produtos típicos da região, incluindo o pinhão.
A ideia – surgida após alguns comerciantes reclamarem do alto volume das caixas de som ali instaladas -, foi aprovada pela administração pública municipal. Desta forma, coube ao Aracy, novamente, reorganizar o evento. O sucesso foi grande, que no ano seguinte ganhou novamente o nome sugestivo de Festa do Pinhão.
Depois disso, somente em 1986 a Festa do Pinhão ganharia notoriedade. Isto porque houve a profissionalização da divulgação do evento, ou seja, produção de cartazes e anúncios nos veículos de imprensa, e devido à melhoria significativa da programação festiva.
Já em 1989 ela passa à Festa Nacional do Pinhão e ganha projeção como evento ecológico e gastronômico, especialmente. De lá para cá o evento evoluiu, diversificou-se em vários aspectos, passando do caráter tradicionalista para nativista e como espaço, também, para os diversos estilos musicais e artísticos.
Prefeitura de Lages – Iran R. de Moraes
Sapecada
A Sapecada da Canção é um festival de Cunho nativista pioneiro no Estado. Evento inserido nas comemorações da Festa Nacional do Pinhão, já na sua 18ª edição. Inesgotável repercussão alcançou entre os defensores e admiradores da nossa cultura, por trazer nas letras de suas canções a essência das coisas simples e puras, e um retrato do cotidiano dos povos que habitaram e habitam este sul do continente, sejam eles campeiros ou urbanos. Passaram pela Sapecada temas que enaltecem os costumes campeiros e alguns um pouco românticos, o que de certa forma evidencia a liberdade e versatilidade do festival.
As músicas da Sapecada da Serra Catarinense já na sua 10ª edição, retratam os usos, costumes e a história da nossa região.
Por tudo isso temos o privilégio de vermos belos “POEMAS SE TRANSFORMAREM EM MÚSICAS”.
Significado do nome do Festival:
SAPECADA DA CANÇÃO NATIVA É nestes pagos de costumes gauchescos embalado pelo frio do minuano ao pé do fogo de chão que, surgiu a SAPECADA DA CANÇÃO NATIVA, evento pioneiro no gênero no Estado de Santa Catarina, que orgulha o povo serrano e catarinense. O nome Sapecada vem de um hábito típico da região serrana dos campos de Lages, é a forma mais primitiva de consumo do pinhão. Sapecar o pinhão significa assar o pinhão numa fogueira feita com grimpas (galhos) do pinheiro. O pinhão é lançado ao fogo e retirado após a queima das grimpas quando já estará pronto para ser saboreado. O nome Sapecada foi dado ao festival para reforçar a lembrança deste hábito típico da região, entre aqueles que cultivam as tradições.
18° Sapecada da Canção Nativa
Foram selecionadas 18 musicas da fase nacional, e 14 musicas da fase catarinense que serão apresentadas no palco da Sapecada durante a 22ª Festa Nacional do Pinhão. O júri será o mesmo que vai avaliar e premiar as apresentações das musicas
Composições Classificadas para 18ª Sapecada da Canção Nativa
1 – Quem sabe na cruz sem nome
Letra: Adriano Silva Alves
Musica: Marcelo Oliveira
Intérprete: Marcelo Oliveira
Ritmo: Rasguido Doble
2 – Petrificado
Letra : Lizandro Amaral
Musica : Juliano Gomes
Intérprete: Lisandro Amaral
Ritmo : Chimarrita
3 – Pra um buçalzito no más
Letra: Evair Suares Gomes
Musica: Juliano Gomes
Intérprete: Leonel Gomez e Marcelo Oliveira
Ritmo: Chamamé
4 – Do Passo ao Rincão da Raia
Letra: Diego Muller
Musica: Érlon Péricles
Intérprete: Érlon Péricles, Angelo Franco e Juliano Moreno
Ritmo: Queromana Tropeira
5 – Até o fim dos meus dias
Letra: Eduardo Munõz e Helvio Luis Casalinho
Musica: Raineri Spohr
Intérprete: Raineri Spohr
Ritmo: Milonga
6 – Carta à Querência
Letra: Xirú Antunes e Maurício Raupp Martins
Musica: Paulo Tim
Intérpretes: Joca Martins e Xirú Antunes
Ritmo: Milonga
7 – Raio Guacho
Letra: Ramiro Amorim e Fábio Maciel
Musica: Índio Ribeiro
Intérprete: Vitor Amorim
Ritmo: Milonga
8 – Santo da Gaita
Letra e Musica: Rogério Villagran
Intérprete: Índio Ribeiro
Ritmo: Rasguido Doble
9 – Pá saludar a mi pueblo
Letra: André Oliveira e Jarí Terres
Musica: Jarí Terres
Intérprete: Jari Terres e André Teixeira
Ritmo: Chacarera
Letra: Lizandro Amaral
Musica: Cristian Camargo
Intérprete: Índio Ribeiro e Luis Marenco
Ritmo: Milonga
Letra: Gujo Teixeira
10 – Tempo Escrito
11 – Pampa e Flor
Musica: Roberto Borges
Intérprete: Juliana Spanevello
Ritmo: Milonga
12 – Jesus Maria
Letra: Rui Carlos Ávila
Musica: Rui Carlos Ávila
Intérprete: Rui Carlos Avila
Ritmo: Zamba
Letra: Elton Benício Escobar Saldanha
Musica: Elton Benício Escobar Saldanha
Intérprete: Ricardo Porto e Elton Saldanha
Ritmo: Milonga
Letra: Evair Gomes e Fernando Soares
Musica: Juliano Moreno
Intérprete: Juliano Moreno e Maria do Carmo Soares de Lima
Ritmo: Zamba
13 – Um tal de cruz credo
14 – A los ojos del rancho
15 – Um Tango com a Lua
Letra: Helvio Luis Casalinho e Márcio Nunes Corrêa
Musica: Raineri Spohr
Interprete: Raineri Spohr
Ritmo: Tango
16 – Muda de tropilha
Letra: Eduardo Soares
Musica: Mauro Moraes
Intérprete: Joca Martins
Ritmo: Chamam
17 – Meu Sombreiro
Letra: Zeca Alves
Música: Érlon Péricles e Elton Saldanha
Intérprete: Ricardo de Porto
Ritmo: Milonga Letra: Heleno Cardeal
Música: Pedro Guerra
Intérprete: Shana Muller e Luciana Portella Schiavo
Ritmo: Chacarera
18 – Marcação
JURADOSPoeta e Compositor
Siverio Barcellos – Musico, compositor, produtor e arranjador
Fabiano Bacchieri – Musico, Intérprete
Renan de Cordova Melo – Letrista
Michael Parrizotto – Musico, Instrumentista
Jeff Ronsani – Intérprete
Jones Andrei Vieira – Musico, compositor e arranjador
PROGRAMAÇÃO – SAPECADA
Sergio Carvalho Pereira –
30/05 – Domingo
13:00h –Abertura dos Potões
13:00h – Ensaios para a Sapecada da Canção Nativa
16:00h –Hamilton Mattos
17:00h – Clynton
18:00h – Pedro Freitas
22:30h– Só Modão
23:30h– Tchê Barbaridade
21:30h – Sapecada da Canção Nativa(eliminatória)
23:30h – Candieiro
03:30h – Encerramento
31/05 – Segunda-feira
15:00h – Ensaios para a Sapecada da Canção Nativa
19:00h –Abertura dos Potões
20:00h –Banda It’s OK
21:00h – Sapecada da Canção Nativa(eliminatória)
23:00h – João Luis Correia
03:30h – Encerramento
01/06 – Terça-feira
20:00h –Abertura dos Potões
21:00h – Sapecada da Canção Nativa(final)
23:00h –Os Monarcas
03:30h – Encerramento