Está chegando a sua 11ª edição.
O nome foi sugerido pelo Tio Vinícius Pitágoras.
Não só o nome mas, a idéia de fazer um encontro em Uruguaiana só pra gurizada.
Nosso Festival foi criado em 2000 nos moldes da Barranca.
Ou seja, é dado um Tema 24 horas antes da final, sacou?
Todos têm que compor músicas em cima do Tema sugerido no prazo de um dia.
Fazer a letra, a música, os arranjos, montar a banda e apresentar, ã?
Até a quinta edição a Taipa foi itinerante.
Cada ano numa Estância de Uruguaiana.
Depois nos aquerenciamos na Itaoca.
Há um baú com fotos, letras e fitas K7 que guardam a história da Taipa.
Mas há também, muita história na memória de cada Taipeiro que é o grande sabor desse encontro, quando todos se reúnem na primeira quinta feira do ano.
Somos nó máximo 30 pessoas. O importante é que todos contribuam artisticamente. Escrevendo, tocando, fotografando, enfim. Agregando.
Cronologicamente já foram nossa sede:
A São Luis dos Palmero,
A Tradição dos Martins Bastos,
A Itaoca dos Costa Gomes,
A Neith dos Costa,
O Cerro do Caiboaté dos Carneiro Monteiro,
e Itaóca até hoje.
No primeiro ano o tema foi a Doma
no segundo: Como quem colhe uma flor (Julinho Machado)
no terceiro: Sonho Taipeiro (Luis Carlos Borges)
no quarto: da porteira pra dentro (Miguel Bicca)
no quinto: pealo de cucharra, na boca da noite (Vinícius Pitágoras)
no sexto: vida, a luz dos olhos de quem tem alma (Angelo Franco)
no sétimo: Vitória (Martinho Pereira)
no oitavo: a arte da criação (Cesar Santos)
no nono: tropeada (Seu Fernando)
no décimo: dez (Silvio Genro)
e esse ano, vai saber!
Bueno, de lá saíram muitas músicas.
As vencedoras do primeiro ano foram parar na Califórnia (“Potreiro Vazio”) e Sapecada da Canção (“Prenunciando”).
No segundo ano fiz “Jogando Truco” e “Outra Campereada”.
“Na Alma e na Voz” venceu a terceira Taipa e, um mes depois o Reponte em São Lourenço.
A vencedora do quarto ano, do Boca e do Angelo, ganhou a 1ª Aldeia em Gravataí.
Duas músicas da quinta edição foram parar em festivais de SC, “Tento a Tento” e “Numa Benção de Oito Tentos”. Inda compus a “Zambita Nueva” nesse mesmo ano.
Foi parar na Califa a vencedora do sexto ano. Do Boca , do Duca e do Digão.
“A vida vem vindo ao tranco, na estância do bem querer…”
Creio que de uns anos pra cá não tenho estado muito atento as estatísticas.
Deve ser devido a idade ou ao desapego mesmo.
Sei que o Zelito fez “Milonga para Las Palmas” e colocou no CD.
Tem muita coisa da Taipa no CD do Cabo Déco também.
Lembro que o “Tropeiro da Meia Noite” venceu a nona edição e agora ganhou a Linha Livre da Califa.
Um fato interessante é que a partir da terceira edição sacamos fora a comissão julgadora. Isso. Todo mundo participa, todo mundo assiste, e cada um escolhe a sua preferida…
Daí, teremos uma vencedora. Vencedora entre aspas, lá todos ganham. Escolhemos a que melhor retratou o momento, a que mais nos emocionou.
É isso aí gurizada, apesar de, em muitos rincões, Taipa tenha outro significado, é o nosso Festivalzito, laboratório, palco de encontros inesquecíveis com quem a gente ama. E também o berço do nosso Compasso Taipero.
Ah! Também é onde plantamos árvores e canatmos o Hino do Rio Grande incansavelmente.
Fiquem todos com Deus e façam oração.
Mandem boas energias para que possamos voltar de lá com cosas nuevas, nuevas, nuevas…
Um grande beijo e um 2010 repleto de atitudes positivas.
Té!
Fonte: www.pirisca.com.br