Hay que saludar el pueblo! – 20 de setembro de 2011 – Santana do Livramento

Hay que saludar el pueblo!

Ainda ouço o bater de cascos e as chamarras da fronteira, quando encosto o corpo velho para mais um final de dia. Para o índio que se criou vivenciando a tradição, não há melhor época no ano. É como se fosse carnaval ou dia “primeiro”. Já o dia 21 de setembro é quando estamos mais longe do próximo “vinte”, mas o alento é que tudo o que vivemos ainda está muito presente.

Desde a chegada e o abraço em cada amigo e parente, até o último ato, ao cantarmos o hino do Rio grande, me passa um filme campeiro com enredo de emoção, amor e alegria. Tenho tudo isso estampado nos retratos que trago. É só olhar e ver.

Esse ano esteve ainda mais vaqueano, pois estiveram conosco um músico castelhano e uns primos que ha tempos não apareciam, e alegraram a todos com suas relevantes presenças. Assim o grupo se fortalece e se torna ainda mais alegre e representativo.

Das marcas do viajero ao cajon do castelhano, um coro que se abria e um Sapucai que se pegava. Assim passamos de festa até o fim da madrugada.

– “Escolhe o conjunto, que eu toco uma música”, trucou o violeiro.

– “Me toca uma dos Mirins”, retrucou o do pandeiro.

– “Mas olha o tranco da Morena Rosa, rebocada de Ruge Batão”, se atracaram até o vale quatro.

Foram poucas horas para o descanso até o despertar para o dia do desfile, que acordou com céu azul e pedindo cancha para a cavalhada.

A lida é linda e o gaúcho se apruma. Enquanto um encilha, outro escova uma égua, um ata a cola e outro apruma um laço, e quando se vê, já vão ao trote direito ao povo, levando um sorriso largo e o peito inflado da felicidade na representação do homem do campo.

A cada passo que a eguada empurra, a cidade se mistura com o campo, escancarando essa diferença no espelho de alguma loja, ou num “planchaço” de pata ferrada que resvalada no asfalto da faixa.

– Não passa nada calça floreada. Salta para cima e seguimos ao trote.

Ali na frente se encontra o piquete. São como duzentos, a espera da entrada. É hora de encontrar os amigos, tomar um trago, descansar às éguas e ajeitar os aperos para o momento culminante da festa.

– O Sapucai avisa a entrada: “Está na hora. Vamos que vamos chiruzada!”.

Entra o piquete com a cavalhada ao trote e o pala abanando para o público, que aplaude reverenciando a tradição. São milhares de pessoas que saíram das suas casas para apreciar esse espetáculo.

– “Hay que saludar el pueblo”, dizia quando cruzamos a linha, adentrando na Sarandi. Já havíamos subido a Andradas na contramão, uma tradição dos desfiles de Santana, e a colorada escarceava ao trote, puxando pelos aplausos do publico mais gaúcho deste Rio Grande.

Nessa hora o filme tem amor à tradição, emoção de protagonista e alegria estampada no rosto de cada presente, seja ele o que aplaude ou o que está aplaudindo. Ali o cumprimento, aos da rádio e da TV, dá seqüência com o narrador castelhano já quase na segunda praça e no final o encontro com os primos e amigos na dispersão da forma de duplas.

– Hay que saludar el pueblo!

– Hay que saludar a nossotros!

Dali o batimento vai voltando ao normal e a euforia vai baixando entre os comentários do desfile da cada um.

– Que desfile fizemos! Que desfile fez essa parelha de colorados!

A volta para a concentração, o reencontro com os peões e a volta para o galpão são momentos de constante festa e tradição. De pulperia em pulperia, o trago vem solto e a risada não esconde a alegria.

O trote largo aproxima do churrasco na trempe do mestre assador, da farra na guitarra do viajero e do descanso da eguada. A chegada é festejada por todos e a forma para o retrato anual também são lei. Ali se registra o final dessa jornada a cavalo.

Segue o baile e segue a festa. Gajeta e carne assada para acomodar às lombrigas, com muita música e parceria. “Que baita festa, meu irmão. Que baita festa. Com um violão e um pandeiro estava formada uma orquestra” (Telmo de Lima Freitas).

O encerramento tem que ser com o hino do Rio Grande, no couro emocionado dos presentes e no peito aberto de quem canta. “Sirvam nossas façanhas de modelo a toda a terra”.

Assim finda o setembro de 2011, com apenas uma certeza:

– Hay que saludar el pueblo!
Leonel Furtado
Setembro de 2011

Dia de Campo RECULUTA & SÃO BENTO (03/out, Livramento – RS)

Fotos do Desfile de 20 de Setembro – Livramento – Linha Campeira

ConcentraçãoRepresentação Linha CampeiraMúsica Campeira - Representação dos Goela SecaOrganizando às garras

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Aqui estou em Casa

setembro 16, 2011 às 9:00 am (Música e Camperismo)
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 Não existe momento melhor pra um índio botar às idéias em dia, do que a de uma tropeadita no lombo de um pingaço de respeito, daqueles que te dá prazer de andar enforquilhado. Quer ver então, se for numa semana farroupilha, com uma eguada por diante, quando tu larga a boca no rumo do povo e o pensamento se perde em meio ao bater de cascos.

Tropilha por diante

Tropilha por diante

 Os entendimentos de Barbosa Lessa sobre cultura e tradicionalismo me instigavam a pensar sobre as evoluções da cultura gaúcha num mundo globalizado, onde o limite entre o inovador e o estrangeirismo são tão próximos quanto o conservadorismo e a estagnação.

 Tenho muitos amigos que confundem esses conceitos, justamente por serem tão tênues, então passei a pensar como eu próprio costumo agir quanto a esse tema, já que a ação tem larga distância da verbalização.

 O suor já brotava na tábua do pescoço da minha baia encerada, que troteava faceira, atirando o freio, enquanto eu buscava uma conclusão. Segundo o que tinha lido de Lessa, a transferência de culturas se dá através da tradição, mas isso não quer dizer que toda a cultura seja tradicional.

 Vemos que atualmente o gaúcho gosta de cultuar o churrasco, o respeito pelo mais velho, o milho assado, a Polar, a marcação, a mateada na praça e o fato de ser hospitaleiro, pois em casa de gaúcho não tem tramela. Estes são exemplos de algumas características de um povo. Coisas e valores que os nossos filhos vão se criar cultuando e nesse ambiente vão estar seguros e encontrados em seu mundo. Aqui estou em casa!

 Alguém me diria então, – “porque a mateada na praça? Não estás tratando de cultura?”. Então recorro ao velho dilema do conservadorismo e da estagnação. Como poderia eu, ignorar a existência da mateada na praça como uma “nova” expressão de cultura de um povo, já que eu não posso manear o mundo para que ele não gire e não evolua?

 Entretanto, não se trata de tradição, pois o tradicionalismo é uma ação popular que visa o bem estar comum, com a finalidade de reforçar o núcleo da sua cultura. Sendo assim, somente caracterizam-se como tradicionalistas as ações e costumes mais fundamentados.

 Lembrando ainda das minhas leituras, reflito que por elas, aprendi que a todo o momento nossa cultura está sendo afrontada, e que se temos uma base cultural forte e alicerçada, temos condições de observar o que é benéfico e nos adaptarmos a isso, assim como utilizarmos o que não é de nosso agrado como exemplo do que não nos serve. Assim a cultura vai evoluindo, mas quando o contrário acontece, e não estamos preparados para essa observação, a confusão de identidade é inevitável.

 A baia sentia o tranco da estrada e já atirava o freio só de vez em quando. Tinha o corpo todo banhado em suor, mas o poder da bóia empurrava cada passo enquanto eu refletia agora sobre a importância dessa escolha e do poder da observação.

 É inegável que tudo avança, se modifica e se renova, mas é certo que os modismos e estrangeirismos que não estão fundamentados em um núcleo cultural forte, acabam perdendo interesse e, fragilizados, são esquecidos no tempo.

Conforme o tempo passa, percebemos que as nossas escolhas são feitas mais cedo e assim é importantíssimo entender a necessidade da atenção cultural na educação e formação da piazada, de forma que os nossos filhos cresçam tendo contato com a sua história. É essencial que tenham os exemplos dos pais, pois eles são suas referências de valores, hábitos, emoções ao qual Lessa chama de “Patrimônio Tradicional”.

 Seguindo a mesma linha de pensamento, reflito que o maior exemplo desses valores sempre foi o homem simples do campo, que é exatamente o símbolo maior da tradição gaúcha. A simplicidade, a educação e a honestidade irretocável da maioria absoluta das famílias campesinas são algumas das maiores referências de um povo. No entanto, vejo que atualmente essa admiração pelo campeiro sente a necessidade de ser reconhecida política e financeiramente pelo nosso estado, a fim de que retome o seu prestígio econômico de forma que o nosso gaúcho campeiro não seja extinto pela prática do êxodo rural, na busca das oportunidades nas cidades.

 O final de tarde chegava deixando alaranjado o céu da primeira vila da cidade, aonde eu chegava ao trote, com a idéia cheia de pensamentos e com os olhos mirando ao longe, enquanto as luzes das casas iam acendendo. Emanguerei a eguada e antes de desencilhar já me recebiam com um mate, um sorriso largo e um gole de pura que trouxeram do Rancho Alegre.

 Olhando aquele galpão tapadinho de gente, com a gurizada correndo na volta do assado e a cumplicidade das cozinheiras mais ao fundo, tive a certeza de que o mais difícil já foi feito. Temos uma linda história, um núcleo cultural consistente e uma referência bem definida que servem de base para as escolhas que sempre temos que fazer. A nossa missão é tão somente cultural, tradicionalista e regional. Devemos cobrar do nosso próprio povo e dos nossos governantes a valorização de tudo isso, pois o patrimônio cultural embasado nas três cores do pavilhão farroupilha é uma certeza de cada gaúcho.

 Com a licença dos amigos, vou desencilhar e tomar uns mates, pois aqui estou em casa.

 Leonel Furtado

Tropilha Emangueirada

Tropilha Emangueirada

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Dueto desfilará em Porto Alegre no dia 20 de setembro

setembro 14, 2011 às 1:55 pm (Geral)

Dueto desfilará em Porto Alegre no dia 20 de setembro

César Oliveira e Rogério Melo participarão novamente do Desfile Farroupilha, que acontece no dia 20/09, na Avenida Edvaldo Pereira Paiva, em Porto Alegre. A novidade é que, neste ano, estarão acompanhados por mais de 20 cavalarianos que virão de São Gabriel especialmente para participar do Desfile, integrando a comitiva do Piquete Apaysanado, do qual o dueto participa.
Esta é a terceira vez consecutiva que César e Rogério desfilam na capital. As fotos do evento tiradas em 2009, inclusive, deram origem à capa do CD "Cantiga para o meu Chão". Conciliar a agenda de shows – que chega a 26 apresentações em setembro – com a vontade de desfilar nem sempre é fácil, mas é uma prioridade pois “desfilar no 20 de setembro é uma das maiores satisfações que eu tenho, já que nos aproxima da realidade que cantamos”, afirma Rogério Melo. Já para César “cruzar o 20” a cavalo “é uma singela forma de reverenciar com orgulho nossa descendência, nosso povo e a pátria gaúcha”.
Ao todo, são esperados cerca de 150 piquetes somando quase 3 mil cavaleiros. Mais informações podem ser obtidas no site www.semanafarroupilha.com.br.
Em anexo, fotos do desfile em 2010. Crédito para Sandro Azevedo.

Cordialmente,
Mariana Pires
Asse.Imprensa & Produção Executiva
Fone: 51. 9822.9151
www.cesarerogerio.com.br
www.twitter.com/cesar_rogerio

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Tarso acende a Chama e abre Semana Farroupilha

setembro 14, 2011 às 1:41 pm (Geral)

Pilchado com a roupa típica do gaúcho, governador recebeu a cavalgada gaudéria

O governador Tarso Genro, pilchado com a roupa típica do gaúcho, bota, bombacha, lenço e uma boina, recebeu na manhã desta quarta-feira a cavalgada gaudéria, em Porto Alegre. O grupo partiu do Acampamento Farroupilha portando a chama crioula e, pela mãos do governador, foi aceso o candeeiro do Palácio, onde o fogo permanecerá aceso até o dia 20, data máxima das comemorações Farroupilhas.

A cerimônia ocorreu em frente ao Palácio e chamou atenção do público que circulava pela região. Muitos pararam para acompanhar a cerimônia que teve entre as atrações os cavalarianos e a Banda da Brigada Militar que tocou o Hino Nacional e o Hino do Rio Grande do Sul.

O presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), Erival Bertolini, destacou os festejos como uma forma de relembrar o passado de luta e as razões que levaram à Revolução Farroupilha. Disse que as comemorações são uma forma de alimentar a alma e também de promover reflexões sobre acontecimentos cotidianos. “Festejamos, mas estamos atentos à corrupção, bem como aos exageros de impostos cobrados dos cidadãos e que não retornam à população”, salientou. O patrono da Semana Farroupilha, Alcy Cheuiche, ressaltou a importância do movimento nascido no Estado e destacou a data como sendo a mais importante do País. Cheuiche presenteou o governador Tarso Genro com o primeiro exemplar do livro Sabor da Terra.

Para o governador, o evento impunha na memória o brilho, a coragem da Revolução Farroupilha. “É o reflexo mais autêntico das luzes do iluminismo transformador das grandes revoluções em outros países”, salientou, ao acrescentar que o Rio Grande do Sul deve servir de exemplo às forças políticas no combate à corrupção.

Após a cerimônia no Palácio, os tradicionalistas atravessaram a rua e se dirigiram à Assembleia para o mesmo ato. Na sequência, foram ao Paço Municipal, onde o presidente do MTG e o prefeito José Fortunati acenderam o candeeiro do município. O percurso seguiu para o monumento a Bento Gonçalves, na avenida João Pessoa, e ao monumento dos Maçons Imperiais e Republicanos, nas esquinas das avenidas Azenha e João Pessoa, onde se iniciou a Revolução Farroupilha. O roteiro incluiu também a Câmara Municipal, antes do retorno ao Acampamento Farroupilha, no Parque Harmonia.

A chama crioula foi acesa em Taquara, dia 20 de agosto, dando início aos festejos Farroupilhas. O símbolo percorreu o Estado até chegar a Capital e receber uma centelha da Chama da Pátrica, no dia 7 de setembro. Após o ato a chama foi levada ao acampamento.


Grupo levou a chama ao Palácio e à prefeitura e depois seguiu para o Parque Harmonia. / Foto: Bruno Alencastro
Fonte: Mônica Bidese / Correio do Povo

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Filme gaúcho será exibido gratuitamente no Acampamento Farroupilha

setembro 13, 2011 às 1:53 pm (Geral)

O filme "Contos Gauchescos", do diretor Henrique de Freitas Lima, terá sua primeira exibição pública nesta quinta-feira, às 21h, no Acampamento Farroupilha, em Porto Alegre, com entrada franca. Baseada na obra de Simões Lopes Neto e gravada em formato digital, a produção tem no elenco nomes como Leonardo Machado, Juliana Thomaz, Roberto Birindelli, Renata de Lelis, Tiago Leal, Evandro Soldatelli, Nelson Diniz, Sissi Venturin, Ida Celina e outros. A estreia para os cinemas brasileiros está prevista para o primeiro semestre de 2012, em cópias de 35 mm.

Na véspera do centenário (1912-2012), "Contos Gauchescos", de João Simões Lopes Neto, é um clássico da literatura pampeana, ao lado de obras de argentinos como Martín Fierro, José Hernandez e "Don Segundo Sombra", de Ricardo Guiraldes. Tal como na obra original, a versão para a tela é conduzida pelo personagem Blau Nunes (Pedro Machado), um tropeiro leal e valoroso, que participa, com os espectadores de cinco episódios: o documentário sobre a vida e o legado do escritor que abre o filme; e as adaptações dos contos "Os Cabelos da China", "Jogo do Osso", "Contrabandista" e "No Manantial". Com dezenas de personagens, o filme teve uma esmeradíssima produção que se aliou às atrações garantidas pelo roteiro sobre as movimentadas narrativas criadas pelo escritor pelotense, além de primorosa ambientação dos usos e dos costumes do pampa, uma marca do diretor Henrique de Freitas Lima.

Filmada em cenários das cidades de Pelotas, São Gabriel e Piratini, a obra ainda lança diversos talentos ainda desconhecidos do público, como J.N. Canabarro, Tom Perez, Vagner Vargas e Lindsay Gianoukas. O músico e compositor Cristiano Quevedo também estreia no cinema como ator, integrando o elenco de um dos episódios filmados em Piratini. Mais de 600 pequenos papéis e figurantes foram selecionados nas comunidades que hospedaram a produção, o que permitiu ao filme mais autenticidade e vigor.

A equipe reúne técnicos que formam com Henrique um grupo experiente: a diretora de arte Adriana Nascimento Borba, o diretor de fotografia Eduardo Amorim, o roteirista Pedro Zimmermann, que também assina a direção do episódio de abertura, o montador argentino Cesar Custodio, o compositor Sergio Rojas e a diretora de produção Gina O”Donnell.

Já a versão para televisão, com exibição já acertada com a TV Brasil e TVE RS, terá formato de minissérie, com sete segmentos. Aos episódios que integram o filme serão agregadas as adaptações dos contos "Negro Bonifácio" e "Trezentas Onças". É provável que Pelotas e Jaguarão sediem as filmagens dos novos episódios, o que vem sendo negociado entre as prefeituras municipais e os produtores. A pré-estreia do filme, na próxima quinta, terá presença de diretor, equipe e elenco.

"Contos Gauchescos" é composto por histórias narradas por Blau Nunes, vaqueano que conduz o viajante através dos pagos. Através dele é projetada a imagem do gaúcho gerada pela tradição coletiva: sua grandeza, a hospitalidade, a amizade, a confiança, a audácia e a perspicácia. Simões Lopes Neto também escreveu títulos como "Cancioneiro Guasca", "Lendas do Sul" e "Casos do Romualdo".

Fonte: Correio do Povo
Contos Gauchescos poderá ser visto nesta quinta, às 21h
Crédito: Fernando Reigel / Divulgação / CP

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AGENDA LUIZ MARENCO – SET 2011

setembro 13, 2011 às 12:30 pm (Geral)

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Ronda Gaúcha

setembro 13, 2011 às 12:28 pm (Geral)

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Canto Ancestral – Novo CD de Lisandro Amaral

setembro 13, 2011 às 12:27 pm (Geral)

ACESSE O FORMULÁRIO E FAÇA SEU PEDIDO ANTECIPADO WWW.LISANDROAMARAL.COM.BR

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Agenda Juliano Moreno – Setembro 2011

setembro 13, 2011 às 12:26 pm (Geral)

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Agenda Amilton Lima – Setembro

setembro 13, 2011 às 12:26 pm (Geral)

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CHEGOU O NOVO CD DO CANTOR JOCA MARTINS

setembro 13, 2011 às 12:25 pm (Geral)

O repertório traz quatro regravações de músicas colhidas do acervo de canções originalmente gravadas pelo próprio cantor em festivais e outros trabalhos (O sábio do mate, Jesus Maria, Catedral e Tropilheiro); as demais composições são todas inéditas, compostas especialmente para este momento, reunindo compositores que já tem relação musical com os sucessos do cantor (a exemplo de Rodrigo Bauer, Anomar Danubio Vieira, Juliano Gomes, entre outros); além de abrir espaço a compositores da nova geração, buscando congregar amigos e fortalecer o elo entre todos os participantes do meio musical gaúcho na atualidade; Joca comemora cantando ao lado de nomes como Luiz Marenco, César Oliveira e Rogério Melo, Marcelo Oliveira, Lisandro Amaral, Juliana Spanevello entre outros.

Quer ganhar o novo CD de Joca Marins? Mande uma foto para o e-mail jocacavalocrioulo mostrando que és "Bem Arreglado", as três fotos mais criativas serão premiadas.

Prêmios:
Primeiro lugar: O novo CD 25 anos + 1 camiseta ACIT + 1 KIT completo do Bolicho do Joca (camiseta,caneca, mouse pad Aí que eu me refiro)
Segundo lugar: 1 camiseta Aí que eu me refiro + 1 camiseta ACIT + 1 caneca

Terceiro lugar: 1 camiseta Aí que eu me refiro + 1 camiseta ACIT
Fonte:

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Churrasco

setembro 5, 2011 às 1:50 pm (Geral)

Emerson Souza

O principal prato da culinária gaúcha é indiscutivelmente o churrasco. A simplicidade do preparo não descarta um certo refinamento. Desde os primeiros tempos, o gaúcho come churrasco. Os índios primitivos comiam carne de caça, de gado ou de potro atirada diretamente no fogo.

Os conceitos para o churrasco são os mais variados. Antonio Álvares Pereira Coruja, em 1858, descreveu o alimento como “pedaço de carne assada ligeiramente sobre brasas”, enquanto José Antônio do Valle, autor do romance Divinas Pastoras, registrou como “carne preparada sem desunir do couro, em cuja parte se aplica o fogo”.

Popularizou-se por todo o Rio Grande, pelas demais regiões do país e no Exterior a denominação de churrasco no espeto para o tradicional preparo da carne pelos gaúchos. O assado é feito na grelha ou no forno.

Conheça o verdadeiro churrasco

Adriana Franciosi

Assado ou churrasco: o que nasceu primeiro?

A carne assada acompanha os gaúchos desde seus precursores. Os índios primitivos comiam carne de caça, de gado ou de potro atirada diretamente no fogo.

O changador ou gaudério, homem nômade com fama de aventureiro, homem sem lei e ladrão de gado, seguiu o costume, que se ajustava a sua jornada. Ele fazia a carne moqueada, assada sem sal, que ficava completamente sapecada (levemente queimada) por fora e quase crua por dentro, única parte que era degustada.

Até 1900, estudiosos de vocábulos gauchescos usavam o termo assado para descrever a carne preparada sobre as brasas. O preparo incluía levar o naco de carne sem separar o couro, que ficava exposto ao fogo.

O jornalista Roque Callage, em seu Vocabulário Gaúcho, de 1926, foi o primeiro a definir churrasco como a carne sangrenta assada no espeto. “É o mais tradicional alimento dos camponeses rio-grandenses”, delimitou Callage. Foi este alimento que ganhou fama e popularidade no Rio Grande, no restante do País e até no Exterior.

O assado na parrilla (grelha) ou no forno identifica um jeito de cozinhar na Fronteira, influenciado pelos argentinos e uruguaios.

Assado de couro

O naco de carne é cortado da rês com o couro preso e excedendo uns quatro dedos já que, sob a ação do fogo, o couro encolhe. Na fogueira, a primeira parte exposta ao calor é a do couro. Depois de bem sapecada, volta-se à outra face, assada ao calor lento do braseiro, e assim alternadamente. A carne pode ser conservada como fiambre para ser degustada dias depois.

Assado no barro

Foi muito comum na Campanha e é ainda usual na Argentina. A carne é envolvida por barro fresco e enterrada no chão. Sobre a terra, acende-se um fogo forte, mantido por quatro a cinco horas. Após esse tempo, o assado é desenterrado. O barro, endurecido pelo calor, é quebrado e dentro, está a carne, muito apetitosa, pronta para ser degustada.

Assado no jirau

Carne, de gado ou peixe, é preparada sobre uma armação de varas, dispostas sobre forquilhas, que era a grelha indígena.

Churrasco à moda gaúcha

Reprodução do livro O Rio Grande em Receitas

Churrasco Campeiro

É o fogo feito no chão, mais usual na região da Campanha. Os espetos com a carne são fincados em pé, ao redor da brasa.

A lenha é queimada com antecedência em uma vala com cerca de 60 centímetros de largura por 30 centímetros de profundidade.

Reprodução do livro O Rio Grande em Receitas

Churrasco da Fronteira

O assado na grelha é quase exclusividade das regiões fronteiriças. Uma influência de argentinos e uruguaios que costumam assar a carne bem próximo das brasas.

Uma grade é armada em forma de cesto, onde é depositada a lenha. O cesto é fixado na parede, ao lado da grelha. À medida que a lenha vai queimando, as brasas que caem são puxadas para debaixo do assado.

Reprodução

Churrasco de Labareda

Muito usado quando se tem pouco tempo para o preparo. Espeta-se a carne, que é levada para dentro do fogo por um lado e retirada pelo outro. O espeto é virado dentro da labareda.

Toda a operação é repetida várias vezes. Em 15 minutos, o assado está pronto.

Reprodução do livro O Rio Grande em Receitas

Churrasco Serrano

Estilo típico de assar da região serrana, que abrange principalmente os municípios de Vacaria, São Francisco de Paula, Lagoa Vermelha, Bom Jesus e a região dos Campos de Cima da Serra.

A carne é preparada sempre no ponto, nos espetos deitados sobre duas varas horizontais, apoiadas em forquilhas, que correm junto às bordas de uma vala a uma altura média de 60 centímetros. A carne é movimentada, permitindo um assado uniforme.

A carne

Divulgação/Seapa

A bovina é a preferida do churrasco feito pelo gaúcho. Ela nunca deve ser assada logo depois de o animal ser carneado (morto). Especialistas dizem que a carne precisa descansar (maturar) por, pelo menos, 24 horas, tempo em que as fibras amolecem ou que cessa o rigor mortis. Uma noite ou 12 horas já é suficiente para o preparo de um bom churrasco.

Cortes de carne bovina

A costela é a parte mais apreciada pelos assadores. A preferência recai sobre a da “janela”, que são as do meio do costilhar (conjunto completo), superando a minga, que já foi a mais requisitada. Também é bastante solicitada a costela de peito (granito), de chuleta e da ripa da costela.

O matambre deve ser retirado da costela antes de assar, pois endurece e compromete a qualidade do churrasco. Fica muito saboroso se assado separadamente. É bom cuidar para não passar do ponto. Outro integrante desse conjunto, o Vazio, é muito apreciado devido ao seu sabor e maciez.

A picanha e a maminha são cortes do traseiro do boi que vêm ganhando cada vez mais espaço entre os churrasqueiros. A picanha é o corte mais nobre. Já o filé mignon, da mesma parte do boi, é considerado um corte de mulher, que prefere a carne magra, macia e bem passada.

Ovino

É o animal preferido para o churrasco da lida diária da Campanha.

O típico gaúcho não come carneiro (macho adulto não castrado), que é reservado para reprodução. Opta pelo cordeiro (com dentes de leite, até um ano), seguido pelo borrego (até dois dentes – um a dois anos), pela ovelha (fêmea adulta) e pelo capão (macho adulto castrado, com mais de 4 dentes (2 anos) ou boca cheia, quando mais velho).

Estes dois últimos com a carne mais rígida e de sabor acentuado.

Ave

Uma variação do repertório de assados. O antropólogo e folclorista Carlos Galvão Krebs descobriu que o galeto al primo canto (animal abatido depois do primeiro canto) não era uma receita italiana.

Foi inventado nos anos 40 pelo ex-lutador de luta livre Alécio Brum, o Marreta, que, ao se aposentar, abriu restaurantes e lançou moda em Porto Alegre com o galeto.

Mais tarde, outro proprietário de restaurante, Don Nicola, inventou o frango prensado na chapa. As variações do preparo do frango podem ser encontradas em galeterias por todo Brasil.

O fogo

Carvão

Modo mais prático de assar o churrasco na cidade. O carvão, comprado nos mercados em pacotes de 3 a 5 quilos, deve ser depositado e aceso em uma das laterais da churrasqueira, junto à parede. Dali será retirada a brasa necessária para colocar sob os espetos.

Ao reabastecer o carvão, derrame-o no mesmo lugar. Um puxador de brasa é indispensável para manobrar o estoque de braseiro. Nunca deixe os espetos de carne sobre o carvão que estiver acendendo, pois o gás carbônico liberado satura o churrasco.

Cupinzeiro

Material especial para o fogo e com mais calorias que a lenha, além de ser artigo facilmente encontrado no meio rural gaúcho. O cupinzeiro dá em árvores, moirões e palanques de cercas e até em porteiras. Queima muito bem e produz um calor intenso.

Em uma churrasqueira caseira, é preciso cuidado para não tostar a carne. O combustível natural é muito difundido na região de Viamão, próximo a Porto Alegre, e tem seu uso transmitido de geração a geração de moradores.

Lenha

A carne assada no calor do fogo de lenha fica mais saborosa. Prefira a madeira de árvores frutíferas, como laranjeiras, bergamoteiras, limoeiros ou pereiras, que proporcionam um sabor mais agradável ao churrasco.

Na serra gaúcha, o guamirim fornece a melhor lenha, assim como a do bugre, que faz boa brasa e não deixa gosto. Também é apreciada a lenha do cambuim, do maricá e da aroeira.

Devem ser evitados, por deixarem um gosto ruim na carne, nó de pinho, cambará, bocão, pracatinga e sete-sangrias.

Os bons churrasqueiros, quando a pressa exige, podem assar diretamente na labareda, como no churrasco de labareda.

Hora de assar

Sal

O churrasco mais tradicional é temperado apenas com sal. Se a quantidade de carne for grande, salgue antes de levá-la ao fogo. Sempre que possível aplique o sal quando o assado estiver “passando da metade”, no chamado tempo de apronte, pois acentua o sabor.

Reprodução do livro O Rio Grande em Receitas/clicRBS

Tempero

A proliferação de churrasqueiras no cenário urbano gerou um tipo de assador de fim de semana dono de uma criatividade duvidosa no preparo da carne que vai ao fogo.

Não há regra nem limites na busca de um churrasco “melhor, mais macio e saboroso”. Nesse autêntico vale-tudo, usa-se: tempero em folhas, leite, cerveja, cachaça, conhaque, bicarbonato de sódio, leite de mamão verde e outras invenções.

Mas atenção: experimentos caseiros certamente alteram o gosto da carne.

Ponto

Todo bom assador tem sempre, ao servir, alternativas de carne no ponto, malpassada e bem-passada para atender todas as preferências de paladar.

Acompanhamentos

A farinha de mandioca e o pão formam um conjunto inseparável do churrasco. A diversidade de acompanhamentos aumenta conforme a região ou etnia, disputando o apetite antes reservado primordialmente à carne.

– Campanha: batata-doce e a mandioca.

– Serra: saladas com verduras e maionese (batatas).

– Cidades (residências ou nos restaurantes): salada de batata com maionese, verduras, pão com alho, salsichão até feijão mexido.

Todas essas combinações provam, antes de tudo, a profunda interação do churrasco com o paladar do gaúcho, que busca harmonizar usos e costumes ao principal prato da sua culinária.

Fonte: Regionalismo Clicrbs

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Tunel do Tempo – A Fronteira da Paz

setembro 5, 2011 às 1:41 pm (Geral)

A Fronteira da Paz

Fonte: Zero Hora

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Agenda de shows – Setembro/2011

setembro 5, 2011 às 1:40 pm (Geral)

Mariana Pires
Produção Executiva
Fone: 51. 9822.9151
MSN: piresmariana
www.cesarerogerio.com.br

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