Buenas amigos ouvintes do programa Linha Campeira.
O tema que me traz há escrever essa semana é o recente lançamento do CD Comparsa Elétrica, de Pirisca Grecco y La Comparsa Elétrica. A banda que o acompanha.
Há tempos esperávamos pelo lançamento de um novo trabalho desse talentoso músico uruguaianense e seus comparsas, pois seu último lançamento foi no ano de 2006, com o CD Bem de Bem.
A discografia é a marca registrada da versatilidade do Pirisca e vice-versa. O primeiro CD foi gravado de forma independente em 2001, com o título “O que sou e o que pareço” e teve produção do próprio Pirisca.
O segundo foi gravado em 2003, com produção de Erlon Péricles e participações de Ricardo Martins, Marcelinho Freitas, Tuni Brum, Sandro Cartier, Ranier Spohr, Érlon Péricles, Ângelo Franco, Jonei Wrasse, Fábio Maus, Paulinho Roveder. O Compasso Taipeiro marcou a maturidade musical do Pirisca e veio acompanhado de grandes sucessos com as músicas “O Tombo”, “Outra Campereada”, “De cima do arreio” e “Buraco no peito” que inclusive rendeu um vídeo clipe. Mais uma novidade inovadora no meio do nativismo.
O trabalho seguinte veio já em 2004, se chamou Muchas Gracias e como característica teve a mescla de temas com versões ao vivo e em estúdio, onde o diferencial foi a seleção musical feita criteriosamente por Erlon Péricles e o pelo próprio Pirisca. Esse CD é muito bom, tem participações especialíssimas dos parceiros dos festivais e verdadeiros sucessos dignos do agradecimento Muchas Gracias. Outra característica.
Em 2006 veio o lançamento do CD Bem de Bem, com excelente produção musical, arranjos igualmente fantásticos e uma linha aberta, com temas mais trabalhados e letras mais compreensíveis para o gaúcho urbano. Outras características marcantes foram à versão primorosa da música “Gaudêncio sete luas”, um clássico do tradicionalismo gaúcho, e o lado romântico do artista, que aflorou se tornando outro diferencial nesse mar de versatilidade.
Por fim chegou o Comparsa Elétrica. A produção ficou por responsabilidade de Juca Moraes e trás a marca da história musical do artista.
A qualidade da captação, gravação, mixagem e masterização está excelente e faz toda a diferença. Os arranjos e a qualidade musical da Comparsa Elétrica realmente estão à altura da homenagem no nome do CD. As ligações da seleção musical com os trabalhos anteriores começam pela regravação de músicas do independente “O que sou e o que pareço”, com novas versões e arranjos que deram um novo brilho a temas como “Jeito Gaúcho” e “Rédeas”.
Músicas originarias de festivais também marcam presença com “Mandinga” e “Canta Maria”, que fizeram parte do Minuano da Canção de Santa Maria. Essa foi a maior característica do CD Muchas Gracias.
Além da excelente seleção musical e da maturidade a muito alcançadas, num certo Compasso Taipeiro, outras características são as regravações de clássicos gaúchos e a linha aberta, com linguagem fácil para o gaúcho urbano, mantendo a proposta do “Bem de Bem”. Destaque para a valsinha “Rio Grande Tchê”, de Ayrton Pimentel e Edson Dutra, que conta com a participação especial do Quarteto Gauderiando.
A leitura do novo CD como sendo um apanhado da história musical, da coerência dos fatos e atos é uma visão pessoal, uma interpretação musical, mas essa história não para por aqui.
Numa breve visita ao site www.pirisca.com tive a oportunidade de comprovar parte da minha tese sobre história e coerência de fatos. No link do Blog é possível acompanhar a viagem que o Pirisca está fazendo pela Europa, onde conta com o apoio do “anfitrião” Marcelinho Freitas, brande parceiro, baterista e percussionista desde os tempos do CD Compasso Taipeiro.
No blog estão às histórias da viagem e algumas participações nos shows dos amigos músicos brasileiros, onde a versatilidade do artista está escancarada. Vejam como a regionalidade e a musicalidade desse som vai bem em qualquer lugar. Parafraseando os versos da música Trem da Fumaça, deste novo CD, que diz assim: “A fumaça do palheiro é um trem que me leva onde eu quiser. Buenos Aires, NY, Uruguaiana, ou outro pago qualquer. Na bagagem um pouquito de dinheiro, a bombacha e o violão. Pra quem canta o limite é a garganta e a bandeira o violão…”.
Pirisca Grecco, regional, portanto universal. We are the word!!!
Vale a pena conferir.
Um forte abraço a todos.
Leonel Furtado
tulio urach said,
agosto 3, 2009 às 7:32 pm
Caríssimo ZEZ, como é que é dos meu? já recebeu o cd dos calavera? mandamos pelo Pons.
Espero que te guste. Tamo ensaiando e tocando um pouco, quando não cancelam os shows por causa da gripe A.
No más,
Um abração
Túlio
gabriel zemolin fontoura said,
março 17, 2010 às 12:55 pm
Muitoo boa as musicas e as bateras demais ahuahauaha
abraçoo